Capítulo 11

Tracy (Ela olhou para mim surpresa): Oh… (Depois de um minuto de silêncio ela falou) Izzie…eu acho que tu exageraste. Quer dizer, eu não o conheço mas…
Isabella: Eu sei! (Confessei respirando fundo)
Tracy (Ela viu a minha reacção e ficou chocada): Izzie… o que é que tu sentes por ele?
Isabella (Sentei-me direita na cadeira a olhar para ela surpresa): Huh?
Tracy: Se te estás a apaixonar por…
Isabella: Apaixonar? (Quase gritei mas depois abaixei a voz ainda chocada) Apaixonar? Estás louca? Ele é meu… (Pausa) cliente. (Eu odiava essa palavra)
Tracy (Ela fechou os olhos desapontada e depois olhou para mim novamente): Se não sentes nada, porque é que estás assim? Claro que erraste ao pensar que ele tinha feito isso contigo, mas… não devias de estar tão preocupada. (Levantou-se) Tens problemas maiores na tua vida. (Disse triste e depois voltou para o seu consultório)
Isabella (A minha cabeça estava confusa. Eu senti-me tão estúpida. A Tracy tinha razão! A minha vida já era complicada o suficiente, porque é que eu estava assim? A Sofia é a minha vida…nada mais. Levantei-me): Eu tenho de acabar isto! (Disse para mim mesma, determinada enquanto fazia o meu caminho em direcção ao quarto da Sofia)

Nessa Noite

 Alexander (Eu estava a chegar á minha casa de praia por volta da meia noite. Eu não sabia o que é que estava a fazer ali. Ela não vem…porque é que eu continuo a insistir? Respirei fundo quando sai do carro e andei até á porta, isso foi quando eu a vi. Parei surpreso): Izzie?
Isabella (Eu estava á porta de casa dele. Eu reparei que as luzes estavam todas desligadas mas eu bati á porta na mesma. Depois de alguns minutos ali á espera em frente a uma porta fechada eu desisti e virei-me, pronta para ir para casa. Isso foi quando o ouvi a falar, olhei para cima e vi a cara dele. De repente o meu coração começou a bater de quão nervosa eu estava. Será que eu vou conseguir fazer o que tenho de fazer?): Olá… (Respondi envergonhada e olhei para o chão)
Alexander (Eu aproximei-me dela nervoso, enquanto a vi-a nervosa também): Olá… (Disse, mas depois disso nenhum de nós falou mais, por isso virei-me para a porta e abri-a, abrindo-a mais para ela entrar. Ela passou por mim e os meus pulmões ficaram sufocados com o perfume natural dela. Eu entrei e fechei a porta enquanto ligava a luz)
Isabella (O silêncio era tudo o que eu conseguia ouvir naquela sala. Eu respirei fundo enquanto olhava para o chão. Eu sabia que eu é que tinha de ser a primeira a falar): Desculpa…
Alexander (Eu olhei para ela surpreso, eu não estava á espera que ela pedisse desculpa, assenti): Não faz mal
Isabella: Faz sim! (Olhei para ele séria) Eu não devia ter-te acusado daquilo! Eu exagerei, eu lamento imenso…eu… (Respirei fundo) eu não estava a ser eu mesma.
Alexander (Eu estava surpreendido, já há muito tempo que ninguém era tão sincero comigo. Eu estava meio sem palavras): Huh…está tudo bem, a sério. Eu sabia que… tu não estavas bem. (Depois ficou um silêncio, e eu senti-me muito desconfortável)
Isabella (Suspirei): E…obrigado. (Depois vi-o a olhar para mim surpreso) Por me ajudares. Tu podias ter feito como disseste, deixando-me lá fora, mas não o fizeste. Por isso, obrigado.
Alexander: Eu não te deixaria lá fora. (Depois percebi que aquilo soou muito sincero, por isso corrigi-me) Tu ou outra pessoa, eu não sou assim tão frio. (Disse sentindo-me esquisito)
Isabella: Huh, sim… (Eu mordi o meu lábio inferior, eu tenho de lhe contar. Respirei fundo) Eu tenho mais uma coisa para dizer…huh… eu acho que devíamos de parar. (Disse nervosa)
Alexander: Parar? (Perguntei confuso)
Isabella: Sim… parar de nos vermos um ao outro… (Disse nervosa desviando o olhar)
Alexander (Os meus abriram em surpresa): O quê? Porquê? (Eu fiquei nervoso, muito nervoso) Não me digas que estás com medo de mim agora…Izzie, eu nunca te ia forçar a…
Isabella: Eu sei. (Interrompi-o. Porque é que ele está a fazer isto mais difícil? Respirei fundo, fiquei ainda mais nervosa) Eu não tenho medo de ti.
Alexander: Então porquê? (Eu precisava de saber)
Isabella: Porque nós devíamos de ter uma relação diferente (Eu não queria mesmo dizer essa palavra. Vi os olhos dele a arregalarem-se em choque, acho) Quer dizer…nós estamos a envolvermos muito. (Respirei fundo) Pensa no que aconteceu, eu trouxe os meus problemas e estraguei tudo. Isto não pode acontecer, é muito pessoal. (Disse nervosa, eu só queria sair dali)
Alexander (O meu coração batia forte e eu estava mais que surpreendido com cada palavra que ela tinha dito. Porque ela falou sobre tudo o que eu temia, nós estávamos demasiado envolvido, eu sabia! Só não o queria admitir): Huh, mas nós podemos arranjar isso, certo? Podemos voltar ao que éramos antes, não precisamos de falar muito. (Eu estou a implorar por sexo? E por ela?)
Isabella (Eu olhei para ele surpresa, o que é que ele estava a fazer?): Alex, eu acho que nós devíamos…
Alexander: Eu posso pagar mais! (Disse rapidamente enquanto me aproximava dela. Eu não queria que ela fosse… não agora. Eu estava mesmo a implorar)
Isabella: Mais? (Perguntei surpresa. Eu não acredito que me estou a vender…outra vez, a ele….outra vez)
Alexander: Sim. (Eu estava com mais esperança. Eu não quero saber quanto, eu pago. Mas no interior da minha mente eu tirei uma nota para mim mesmo que tinha mesmo que parar com esta obsessão. Mas não agora…pelo menos não nesta noite) Então, o que é que dizes?
Isabella (Eu estava ainda mais nervosa, mas depois respondi-lhe, porque me lembrei da cirurgia da Sofia): Huh, okay. Mas nada pessoal.
Alexander (Sorri aliviado): Nada pessoal.



Na Manhã Seguinte

Alexander: (Acordei na manhã seguinte com os meus braços em redor dela. Abri os olhos e vi a cara dela num sono pacífico. Não pude evitar mas sorrir com aquela visão, mas depois lembrei-me do que dissemos na noite anterior, não nos podemos envolver, isto não pode ser pessoal. Tirei rapidamente os meus braços dela, deixando de lhe tocar, isso foi quando a vi a acordar)
Isabella (Comecei a acordar quando parei de me sentir…segura. Fiquei confusa e abri os olhos. Primeiro vi um tecto, o tecto dele, lembrei-me que depois de um dia a convencer-me a mim mesmo que isto tinha que parar ele conseguiu-me convencer a ficar com uma promessa estúpida: dinheiro. Mas infelizmente eu precisava. Respirei fundo e logo depois disso ouvi a voz dele)
Alexander: Bom dia. (Sorri simplesmente e ela virou a cabeça para mim com aqueles olhos castanho mágicos)
Isabella (O meu coração parou quando olhei para ele, ele parecia diferente, feliz. Mas levantei-me rapidamente sem olhar para ele): Bom dia… (Sussurrei enquanto me levantava com o lençol em volta do meu corpo nu)
Alexander: (Suspirei um pouco desiludido. Alex, não é pessoal, não é pessoal! Tentei meter isso na minha cabeça. Sentei-me na cama, revelando o meu peito nu enquanto a vi-a a apanhar as roupas, eu sabia que ela ia embora. Tentei tirar estes pensamentos da cabeça enquanto procurava pela minha carteira, era hora do pagamento)
Isabella: (Eu estava-me a vestir, sempre a sentir os olhos dele em mim. Eu tentei ignorar, pensando que tudo is voltar ao princípio, quando éramos apenas dois estranhos, mas agora é ainda mais estranho. Quando já estava vestida olhei para cima e vi-o a vir na minha direcção, o meu coração parou, pelo menos ele estava vestido)
Alexander (Eu caminhei até ela e dei-lhe o dinheiro): Vejo-te hoje á noite? (Perguntei escondendo a minha ansiedade)
Isabella (Eu peguei no dinheiro e arregalei os olhos. Eu sei que ele disse que ia pagar mais, mas tanto? Eu estava sem palavras. Depois ouvi a pergunta dele e olhei para ele): Huh….sim. (Peguei na minha mala e saí sem olhar para ele
Alexander: (Eu respirei fundo quando a vi a sair. Passei a mão pelo cabelo e fui outra vez para a cama, eu preciso de dormir. Preciso de descansar a cabeça por isso deitei-me e adormeci)


2 Semanas Depois
Alexander: (Eu estava a sair do restaurante onde a Izzie trabalha mas ela não estava lá. Se estão a perguntar porque é que eu estou aqui. Bem…huh…eu estava aborrecido por isso saí de casa, entrei no carro e acelerei, depois percebi onde estava, estava no trabalho dela. Respirei fundo enquanto caminhava até ao carro. Hoje tive coragem de perguntar sobre ela, eles disseram que ela teve de sair para resolver alguns problemas pessoais. Eu fiquei curioso e um bocado preocupado mas tentei ignorar. Entrei no carro, coloquei o rádio no máximo e liguei o carro, conduzindo sem direcção)


Entretanto

Isabella: (Respirei fundo quando olhei para o meu relógio)
Sofia: Tens de ir agora? (Perguntou-me triste e desapontada)
Isabella (Eu respirei fundo novamente, também triste): Sim, desculpa querida. (Eu verguei-me e dei-lhe um beijo na testa) Amanhã de manhã cedo eu estou aqui, prometo. (Sorri um pouco)
Sofia (Suspirou): Tudo bem maninha. (Sorriu um pouco)
Isabella (Eu sorri também sentindo uma lágrima a ameaçar cair, como todas as vezes que eu a tenho de deixar): Adeus querida, adoro-te. (Levantei-me)
Sofia: Eu também te adoro. (Disse fraca)
Isabella: (Respirei fundo e saí do quarto dela, sentindo o meu coração bater em dor. Hoje a Tracy ligou-me por causa dos resultados dos últimos exames da Sofia. Ela está pior! Segurei as minhas lágrimas enquanto saía do hospital. A Tracy disse que ela ia começar uma nova ronda de tratamentos, mais fortes mas eu sabia que esta era a última chance da Sofia, depois disto só a cirurgia a pode salvar, nós estamos a chegar ao fim, e eu sei disso. As nossas hipóteses estão a desaparecer e a última está muito longe, como é que eu vou arranjar 50.000 dólares em tão pouco tempo? Sim porque eu sei que a Sofia não tem assim tanto tempo. Passei pela paragem de autocarro mas decidi que ia visitar alguém que já não ia visitar á muito tempo)




Alexander: (Parei no sinal vermelho quando vi uma figura familiar a atravessar a rua, sentei-me direito no banco quando a vi a desaparecer de vista. Quando a luz ficou verde eu acelerei atrás dela, sem pensar duas vezes)
Isabella: (Pouco tempo depois eu estava ás portas do cemitério, respirei fundo e entrei)
Alexander: (Estacionei o carro alguns metros longe das altas e assustadoras portas do cemitério. E fiquei muito surpreendido quando a vi a entrar ali, mas também fiquei curioso. Quem é que ela vem visitar? Mas não fiz nada, só fiquei ali, á espera)
Isabella: (Eu estava a caminhar pelas campas antigas e as flores tristes até que cheguei á última casa deles… Parei e olhei para baixo para a campa dos meus pais, mas mal cheguei lá comecei a chorar descontroladamente e caí de joelhos na terra. Eu estava com dores e desesperada. A minha vida tornou-se numa coisa que eu nunca pensei que se ia tornar. E eu sinto-me sozinha! Completamente sozinha e desprotegida, por isso quando vi estas duas campas não consegui segurar as lágrimas, porque sabia que eles me estavam a ver a mim e á minha irmã. Mas eu preciso mais do que isso. Eu preciso de me sentir segura e forte. Porque agora eu sinto-me fraca e perdida. Fiquei lá a chorar)


Continua...